terça-feira, 21 de julho de 2015

Tenho atração sexual por homens e mulheres, e agora?

Tenho atração sexual por homens e mulheres, e agora?


A orientação sexual se desenvolve ao longo da vida, portanto, cada pessoa pode se reconhecer homossexual, heterossexual ou bissexual
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Psicologia, na década de 1970, estabeleceram resoluções contrárias à visão patológica da homossexualidade. Afirmam que gostar sexual e afetivamente de pessoas do mesmo sexo não é doença. 
Quando direcionados para o sexo oposto a atração erótica, o desejo e o envolvimento afetivo é chamada de heterossexualidade. Pessoas do mesmo sexo, quando sentem-se atraídas, essa relação é denominada homossexualidade. Pessoas que se atraem pelos dois sexos levam o nome de bissexuais. 
Conceituam-se por relações bissexuais aquelas mantidas com pessoas tanto do mesmo sexo quanto de sexo diferente. O bissexualismo masculino é hoje fonte de preocupação no tocante ao aumento de doenças sexualmente transmissíveis. Sua prática é muito comum na sociedade, mas não é assumida pelos praticantes. Muitas vezes, homens casados que mantêm relações regulares com suas parceiras são bissexuais, porém não assumem que têm esta orientação sexual. Mas é evidente que a bissexualidade é tão masculina quanto feminina. 
A orientação sexual desenvolve-se ao longo da vida, de forma que cada pessoa pode se reconhecer como heterossexual, homossexual ou bissexual. 
Descobrindo-se bissexual a princípio, a pessoa sente-se meio confusa, mas à medida que vai vencendo os próprios preconceitos e traumas, tenta se aceitar como é. 
Freud já dizia que o ser humano nasce com a possibilidade para ser bi, mas ao relacionar-se com a família e a sociedade, busca uma identidade sexual que julga ser mais aceita. 
Pouca atenção tem sido dada ao comportamento bissexual. A sexualidade é um aspecto complexo da natureza humana. É uma questão delicada, e por isso é importante que não nos prendamos a rótulos, generalizações ou pré-conceitos. Devemos, sim, respeitar a condição do outro, visto que todo ser humano tem direito de ser feliz, independentemente de sua orientação sexual. 
Marilandes Ribeiro Braga, psicóloga e terapeuta sexual, membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana (Rondonópolis-MT)

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