quinta-feira, 30 de julho de 2015

POR QUE VOCÊ DEVE ASSISTIR DIVERTIDAMENTE

POR QUE VOCÊ DEVE ASSISTIR DIVERTIDAMENTE

Porque é um filme para crianças e sim, a máxima do clichê “resgate a criança que há em você” se aplica 100%. O filme trata das emoções humanas básicas: raiva, medo, tristeza, alegria e “nojinho”. A emoção é um processo que desencadeia ações físicas sucessivas e intensas no organismo das pessoas, enquanto o sentimento é uma experiência mental. Se interessar, assistaesse vídeo do António Damásio sobre a diferença entre emoção e sentimento; é curto e muito interessante.
Tudo acontece na mente de uma menina, que cresce e chega na adolescência; o enredo vai revelando como as memórias se formam, como as emoções se manifestam, em um cenário incrivelmente lindo e colorido, típico das animações infantis! Nem todas as crianças entendem bem toda a subjetividade que o filme desvenda, algumas inclusive acham que aqueles seres animados moram mesmo em suas cabeças. Mas a mensagem é clara e muito, muito bacana. E você, querida, ah você fará como eu: achará incrível como alguém criou isso tudo, dessa maneira simples, linda e divertida. Lembrei-me do melhor professor de Psicanálise que tive durante todos esses anos de carreira, que me deu aquele prazer de ser aluna: lançou livros importantes e tornou-se reconhecido em SP. Ele era engenheiro de formação (só depois fez formação em psicanálise) e, por isso, conseguia explicar de maneira objetiva, desenhada na lousa, o que conceitos profundos e complexos levariam semanas para serem entendidos!

O conflito entre a alegria e a tristeza
Embora todas as emoções se manifestem durante a aventura, o foco está no conflito entre a alegria e a tristeza. A alegria é quase maníaca: faz tudo para que a tristeza “não toque em nada” e por isso mesmo a tristeza vai “crescendo” no filme. Ela quer se expressar, ela quer fazer parte do grupo, afinal ela está ali, vendo tudo o que se passa com a menina e reconhece a importância de sua existência. Na chamada “sociedade do espetáculo”, onde tudo tem que ser hipermasterblaster,mega incrível e feliz, sentir tristeza tornou-se quase um pecado capital (a não ser que você tenha uma depressão profunda, que seria mesmo uma versão hipermasterblastermega da tristeza). Tá triste porque minha flor? Ah, besteira. Sacode a poeira, posta um selfie bem lindo no Instagram e segue adiante.  Tédio? Imagina, cria alguma coisa! Está sentindo um certo “vazio” dentro de si, junto com uma inquietação? Vá fazer umas comprinhas!
Divertidamente é certeiro nesse ponto: não há alegria que impere e sustente toda uma vida emocional. Como em todo contraponto, os opostos precisam acontecer e se reconhecer. É nesse processo mais introspectivo da tristeza que descobrimos o que nos magoa, o que nos faz falta, que tipo de frustrações não estamos suportando…e é lembrando de nosso “eu alegre” que vamos aprendendo a lidar com a parte mais dura da vida, que corremos atrás, que nos reinventamos, que testamos saídas, ás vezes desastrosas, é verdade, mas que ampliam o nosso mapa emocional!!
Pegue seu filho(a), seu sobrinho, a(o) sua amiga(o) e o(a) filho(a) dela(e) e corra já para o cinema. Também não tenha receio de ir sozinha; eu sempre acho que quando “quebramos” a barreira do ir sozinha no cinema ou no restaurante, e aproveitamos a nossa própria companhia sem ficar pensando o que os outros vão achar dessa nossa “pseudo solidão”, subimos 2 degraus na escada da autoestima! Divirta-se com essa aula sobre a psicologia das emoções, para crianças e adultos, regada a pipoca, na “companhia” de crianças atentas e felizes. Para que mais? Depois me diz se não se encantará com a tristeza… Minha personagem predileta no filme! 

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