sábado, 22 de agosto de 2015

Ansiedade como manifestação da rejeição

  



Ansiedade como manifestação da rejeição Patricia Hornburg
“Doutor isso deve ser hipoglicemia – dizia ela 
E então novamente o médico monitorava o índice glicêmico e a paciente detalhava pela terceira vez os sintomas iniciados há mais de um mês: tonturas, pressão arterial baixa e alta oscilando, sensação de desconexão da realidade, medo intenso de passar mal e morrer, palpitações e falta de ar
– Você está com sintomas comuns em crise de ansiedade – Disse-lhe o médico.
– Como assim, eu? Eu que trabalho com isso, com crises de ansiedade…
Por favor o índice glicêmico, por favor de novo…
E o médico lhe dizia – sua glicemia está ótima!!!
Ela nunca desejou tanto estar com a glicemia baixa, pois era muito mais fácil tratar o corpo do que encarar os próprios monstros.
Voltou no outro dia com os mesmos sintomas e apesar de estar há quase um mês fazendo terapia a sensação de descontrole sobre as próprias ações era a pior sensação de todas, tinha a nítida impressão de que nunca sairia daquilo, era difícil acreditar que voltaria a enxergar a vida de forma leve, a nutrir boas energias e ser positiva e feliz como há alguns meses, pois, se deparava com o medo, o medo do descontrole. Sentia medo até mesmo daquilo que a acalmava, de repente as tonturas ficavam piores dentro do mar.
Perguntava então aos familiares se voltaria a ser como antes? Pois ela já não via motivos na vida, mas ao mesmo tempo seria incapaz de tirar a vida, pois queria viver, mas não daquele jeito. Quando viu, os pais sofriam com ela, e então decidiu contar apenas ao terapeuta sobre suas dores, pois as pessoas não dão conta daquilo que trazemos, não tem essa obrigação.
A última crise foi quando amigos de trabalho a levaram com queda de pressão ao médico, tomou a decisão de pedir alguma medicação para controlar os sintomas. Embora fosse avessa a medicação, já não conseguia fazer suas atividades normais e os florais não estavam ajudando a controlar os sintomas.
Duas semanas após a medicação, houve melhora dos sintomas. Mas o tratamento era constituído também por terapia Reiki (duas vezes por semana) psicoterapia e aulas de teatro, continuou. Após 4 meses a medicação foi tirada, aos poucos e seguindo recomendações médicas, a psicoterapia continuou aliada a auto aplicação de Reiki e as aulas de teatro.
E as crises? Bem, elas cessaram, mas sempre poderão voltar, é preciso prestar atenção aos sentimentos que nutrimos, ao tipo de medo e de onde vem. Grande parte da ansiedade é gerada pelo sentimento de rejeição que temos por parte de quem amamos, sejam parentes ou amigos, e esse medo se juntando às rupturas emocionais que temos no decorrer da vida podem nos levar sim às crises, e não importa se você é psicólogo ou não, assim como um médico não está a salvo das doenças, tua sanidade também precisa ser preservada.
Vivemos em uma época de muita informação e pouco sabemos como utilizá-la na prática, pior ainda, grande parte das informações não agregam em nada para te tornar alguém melhor, e não alguém melhor para os outros, alguém melhor para si mesmo.
O sentimento de rejeição surge quando te sentes menosprezado diante das tuas potencialidades, e esse sentimento na maioria das vezes é velado. Quando fazes cobranças e a sociedade te impõe a espada, afinal é o capitalismo selvagem, e então você se enche de diplomas, de cursos, de concursos, de ganhar dinheiro, de comprar coisas que nunca vai usar, e por fim morre sem nunca ter de fato vivido e se conhecido. Os objetos vêm para preencher o vazio existencial, para mostrar ao outro que possui coisas e assim a vida fica mais leve, mas quanto mais coisas adquires, mais precisas, e mais te frustram as pessoas, pois elas não reconhecem teu valor.
Mas amigo, você já reconheceu seu valor hoje? Já olhou no espelho, bem no fundo dos teus olhos hoje e disse: – Eu te amo! Então pare de se culpar por não conquistar aquilo que a sociedade diz ser importante, pare de se culpar, por favor, por não ser o filho que seu pai quer que você seja. Pare de se culpar e de carregar um peso que não é seu. Pare de se culpar por terceiros, pois você não pode resolver o problema dos outros. E por fim se olhe no espelho e sinta amor por ser quem és. Cada ser tem uma história única, e se os enxergássemos assim, talvez não cobraríamos deles aquilo que não os cabe, pois tudo aquilo que esperamos do outro, esperamos de nós mesmos!
Então mude a si mesmo, comece com autoconhecimento, e tudo aquilo que faz com que olhemos para dentro de nós é autoconhecimento. Não precisamos saber todas as notícias do mundo, nem dominar todos os assuntos, basta que conheçamos a nós mesmos. Se permita ficar consigo, conheças a ti mesmo e conhecerás o universo. Se permita errar e recomeçar, mas nunca permita que alguém decida por ti. Respeite o livre arbítrio, o seu e o do outro.http://www.psiconlinews.com/…/ansiedade-como-manifestacao-d…

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